TRANSPORTE PÚBLICO
TRANSPORTE PÚBLICO

HORÁRIOS DE ONIBUS - PRINCESA TECELÃ - MÁRIO COVAS E BALSA I e II

 

 

218

CONJ.   HAB. MARIO COVAS X HOSPITAL MUNICIPAL

VIA   RIO BRANCO

CIRCULAR

ÚTEIS

8:10-9:20-10:30-11:40-12:50-13:50-16:20-17:40-18:40  

 

 

 

8:40-9:50-15:40   (parte do Hosp.Munic) (12 hor.)

 

 

SAB.

8:10-9:20-10:30-11:40-12:50-14:00

 

 

 

8:40-9:50-11:00-12:10-13:20 (Parte do H.M.) (11 hor)

 

 

Saída

 

CYRA   DE OLIVEIRA PETRIN (CONJ. HAB. MARIO COVAS)

 

ANA   ALMEIDA PIOLI - DONA ANITA (H.M.)

         

 

 

 

 

 

219

 

CONJ.   HAB. MARIO COVAS X H. MUNICIPAL

 

VIA   AV. BRASIL

 

CIRCULAR

ÚTEIS

6:30-8:00-17:10-18:25  

 

 

 

6:00-16:30   (Parte do Hospital) (6 hor)

 

 

SAB.

6:25-7:50-9:20-10:50-12:20

 

 

 

5:30 (Parte do Hospital) (6 hor)

 

 

Saída

 

CYRA   DE OLIVEIRA PETRIN (CONJ. HAB. MARIO COVAS)

 

PAULISTA

 

 

 

220

CONJ   HAB MARIO COVAS X PRAIA AZUL / RECANTO

PRAIA   AZUL / RECANTO X CONJ HAB MARIO COVAS

 

VIA GRAMADO / CAMPOS SALLES

 

VIA   GRAMADO / CAMPOS SALLES

 

IDA

 

VOLTA

ÚTEIS

4:00-4:40-5:10-5:40-6:10-6:40-6:55-7:10-7:50-8:20-9:00

4:25-5:10-5:40-5:55-6:10-6:25-6:40-7:00-7:10-7:25-7:50-8:20

 

9:30-10:10-10:40-11:20-12:00-12:30-13:00-13:40

9:00-9:30-10:10-10:40-11:20-11:55-12:30-13:00-13:40-14:10

 

14:10-14:50-15:20-15:30-16:00-16:30-17:10-17:40-17:50-18:00

14:50-15:20-16:00-16:30-16:40-17:10-17:40-17:55-18:20

 

18:20-18:50-19:30-20:00-20:30-21:30-22:00-22:30

18:50-19:30-20:30-21:00-21:30-22:40

 

16:20-16:50-17:20-18:00   (Terminal-Recanto) (41 hor.)

6:10-17:30-18:30-19:00-23:00   (Recanto-Terminal) (42 hor.)

SAB.

4:00-4:40-5:10-5:40-6:10-6:40-7:10-7:50-8:20-9:00-9:30-10:10

4:25-5:10-5:40-6:10-6:40-6:55-7:10-7:50-8:20-9:00-9:30-10:10

 

10:40-11:20-11:50-12:30-13:00-13:40-14:10-14:50-15:20-16:00

10:40-11:20-11:50-12:30-13:00-13:40-14:10-14:50-16:00-16:30

 

17:10-17:40-18:20-19:30-20:00-20:40-21:40-22:20 (30 hor)

17:10-18:20-18:50-19:30-20:40-21:10-21:50-22:50 (30 hor)

DOM

5:10-5:40-6:10-7:10-7:50-8:20-9:30-10:10-10:40-11:50-12:30

4:25-5:10-6:10-6:40-7:10-8:20-9:00-9:30-10:40-11:20-11:50

FER.

13:00-14:10-14:50-15:20-16:30-17:10-17:40-18:50-19:30-20:00

13:00-13:40-15:20-16:00-16:30-17:40-18:20-18:50-20:00-20:40

 

21:10-21:50-22:20 (24 hor)

21:10-22:20-22:50 (24 hor)

Saída

 

CYRA   DE OLIVEIRA PETRIN (CONJ. HAB. MARIO COVAS)

 

CARLOS   ALBERTO BRASSOROTTO

 

 

 

 

 

Transporte público e coletivo é todo aquele meio de transporte que é proporcionado pelo poder público e que atende a todos os cidadãos, sem qualquer distinção de classe, gênero, cor, orientação sexual, procedência nacional ou outras formas de discriminação.

 

O Estado tem obrigação de prestar esse serviço e é responsável por ele mesmo quando não o opera diretamente e utiliza a prestação de serviços de empresas privadas.

 

É importante inserir o acesso ao transporte em uma lógica de direito básico: ele não é uma mercadoria, em seu serviço deve haver normas que respeitem a população, seu preço não pode variar de acordo com os interesses de um seleto grupo de empresas, sejam estas estatais ou privadas, e, principalmente, ele não é um favor prestado à população e sim um direito que deve ser cotidianamente cobrado pela sociedade e aperfeiçoado pelo Estado.

 

É válido lembrar que toda a sociedade se beneficia direta ou indiretamente dos serviços de transporte público coletivo, visto que estes meios de locomoção são essenciais para a produção econômica e desenvolvimento do país.

 

Sem acesso aos meios de transporte públicos e coletivos, a maioria dos trabalhadores não teria condição de se deslocar, e mesmo se houvesse a possibilidade de optar pelo transporte individual, os engarrafamentos inviabilizariam a locomoção, causando um forte impacto negativo em toda a sociedade.

 

Os benefícios gerados pelo transporte público coletivo englobam desde melhorias ao meio ambiente até a maior mobilidade nos espaços públicos, se revelando um benefício geral que deveria ser utilizado por todos como forma de contribuição social.

 

Considerando tais vantagens e o princípio de que interesses públicos devem prevalecer sobre interesses particulares, podemos afirmar que o transporte público coletivo deve ser prioridade e assim deve ser tratado pela administração pública.

 

Princípios de Funcionamento

 

O funcionamento adequado do transporte público coletivo envolve uma série de princípios básicos que devem ser garantidos para que funcionem adequadamente.

 

Para isso, tanto o governo quanto os cidadãos devem se empenhar, com diferentes funções, para que os transportes fluam normalmente.

 

O Estado e as empresas que disponibilizam o serviço são responsáveis por garantir:

 

•Obrigatoriedade: este serviço é de responsabilidade do Estado que tem obrigação de garanti-lo, seja de forma direta ou indireta;

 

•Universalidade: estes serviços devem estar disponíveis a todos, sem qualquer discriminação e preconceito.

 

•Eficiência: o planejamento do sistema de transportes deve observar e atender as demandas e necessidades de deslocamento da população;

 

•Regularidade: os intervalos não podem ser excessivos e devem ser pré-definidos;

 

•Previsibilidade: as rotas devem ser respeitadas (quaisquer alterações devem ser devidamente comunicadas aos usuários) e os pontos de parada também;

 

•Continuidade: os serviços não podem sofrer interrupções;

 

•Segurança: a segurança dos usuários deve ser garantida, tanto por veículos em bom estado de conservação, quanto pela direção responsável do condutor;

 

•Conforto: os veículos devem oferecer condições de transportar os passageiros com comodidade;

 

•Acessibilidade: os veículos devem ser aptos a receber passageiros com necessidades especiais.

 

•Cortesia: bom tratamento aos usuários,

 

•Modicidade: tarifas justas;

 

•Atualidade tecnológica: os veículos mais novos oferecem maior conforto, exigem menos manutenção e poluem menos.

 

•Controle: formas de garantir que os princípios sejam cumpridos.

A prestação adequada deste serviço envolve a premissa básica de um serviço público e social: a melhoria da vida em sociedade e a garantia de um cotidiano digno à população.

 

Os usuários dos serviços de transporte público urbano devem:

 

•Pagar a tarifa (com exceção dos isentos);

 

•Se identificar quando solicitado (no caso de passageiros especiais);

 

•Respeitar os demais usuários;

 

•Respeitar os assentos de uso especial;

 

•Não obstruir a passagem com bagagens e não transportar volumes que possam causar transtornos aos demais usuários;

 

•Não fumar dentro do transporte coletivo;

 

•Não utilizar equipamentos sonoros com alto-falante (apenas com fone de ouvido);

 

•Não transportar animais;

 

•Não pedir esmolas;

 

•Não comercializar e distribuir mercadorias ou impressos;

 

•Não oferecer serviços;

 

•Não acionar dispositivos de emergência desnecessariamente;

 

•Não danificar ou sujar instalações e veículos;

 

•Não afixar cartazes;

 

•Não viajar embriagado ou drogado.

 

•Não portar materiais explosivos, tóxicos;

 

•Evitar qualquer ato que afete o decoro (como andar sem camisa, fazer gestos obscenos e etc.).

 

 

 

 

 

Transporte público ruim afeta saúde, educação e cultura, dizem analistas

 

      

 

 

 

Os efeitos negativos de um transporte público caro e de má qualidade não estão restritos à questão da mobilidade urbana. Prejudicam também outras áreas vitais para a vida do cidadão, como saúde, educação, finanças e cultura. Especialistas e integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) consultados pela Agência Brasil avaliam que a mobilidade urbana está diretamente relacionada à qualidade de vida, além de ser um dos maiores causadores de estresse da vida das pessoas.

 

 

 

"É um trauma para todo mundo. Principalmente para quem fica em pé, duas horas, crucificado, com alguém tentando pegar bolsa, apalpar. Não é à toa que as pessoas estão preferindo usar motocicletas, mesmo que isso represente risco a própria integridade física por causa dos acidentes, e não é à toa que essas manifestações conseguiram tantas adesões", disse à Agência Brasil o doutor em Políticas de Transporte pela Universidade Dortmund, na Alemanha e professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), Joaquim Aragão.

 

 

 

As manifestações citadas pelo especialista foram iniciadas pelo MPL em São Paulo. O movimento tem, como um de seus interlocutores, o professor de História Lucas Monteiro. "Defendemos Tarifa Zero porque, além de ser a única forma de as pessoas terem acesso à cidade, o transporte público beneficia áreas vitais como saúde e educação. Por isso já imaginávamos que nossa luta se espalharia pelo país, mas não que iria alcançar a dimensão que alcançou", disse à Agência Brasil.

 

 

 

De acordo com o representante do MPL, o incentivo ao uso de transportes individuais causa também problemas como aumento da poluição e do número de atropelamentos, o que resulta em mais gastos e problemas para a saúde pública. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2010, 42.844 pessoas morreram nas estradas e ruas do país. Deste total, 10.820 acidentes envolveram motos. No mesmo ano, o gasto total do Sistema Único de Saúde (SUS) com acidentes de trânsito foi R$ 187 milhões. Só com internação de motociclistas foram gastos R$ 85,5 milhões.

 

 

 

Além disso, acrescenta Monteiro, diversos tratamentos de saúde deixam de ser feitos porque os pacientes não têm condições de pagar pelo deslocamento. E o problema relacionado à falta de condições para custear os transportes também afeta o direto e a qualidade da educação.

 

 

 

"Frequentei muitas escolas públicas. É comum alunos faltarem aulas por não terem dinheiro para ir à escola. Além do mais, direito à educação não está restrito a apenas ir à escola ou ao banco escolar. Os estudantes precisam ter acesso à cultura, a visitar museus. E, sem circular, não há como ter acesso a isso. A grande maioria não vai ao centro da cidade, museus, centros culturais para complementar sua formação", disse Monteiro.

 

 

 

Segundo Aragão, dificuldades para mobilidade urbana afetam diretamente o rendimento escolar de jovens e crianças, que ficam cansados e com o sono sacrificado. "É um fator a mais a prejudicar o rendimento, além da qualidade de instalações do ensino público. Da mesma forma, afeta também a evasão escolar, a formação de profissionais e a produtividade do país", disse o especialista.

 

 

 

"A mobilidade bloqueia inclusive a vida social do cidadão de baixa renda, que fica sem acesso a entretenimento, cultura e lazer. Estes são privilégios das pessoas motorizadas. Uma família de quatro pessoas que queira se deslocarem da periferia até um parque no centro da cidade gastará R$24, caso a passagem unitária custe R$3. Para quem recebe salário mínimo, isso é impossível", disse.

 

 

 

Arquiteto, urbanista e especialista em transporte público, Jaime Lerner diz que por trás das manifestações iniciadas pelo MPL está o descrédito nas políticas públicas e a falta de respostas à sociedade, sobre os diversos serviços públicos prestados a ela. "E tudo fica mais fácil em todas as áreas quando se tem um bom transporte público", disse o ex-prefeito de Curitiba (PR).

 

 

 

Muitas das mobilidades anunciadas sequer estudaram a própria cidade, avalia Lerner. Segundo ele, é importante entender a cidade como um sistema de estrutura de vida, trabalho, movimento e mobilidade juntos. No fundo, acrescenta, faltam decisão políticas, e, em geral, essas decisões são voltadas para soluções mais caras.

 

 

 

"O Brasil é rápido em fazer coisa errada e demorado em fazer a coisa certa", disse. "Sustentabilidade é equação entre o que você poupa e o que você desperdiça. Portanto, se tiver de se deslocar por distâncias cada vez maiores, é óbvio que a coisa não vai funcionar".

 

 

 

 

 

Agência Brasil